terça-feira, 4 de abril de 2017

QUARESMA E AS QUARESMEIRAS – EU PREFIRO AS ROXAS!

QUARESMA E AS QUARESMEIRAS – EU PREFIRO AS ROXAS!


Olá fiéis, já estava com saudade de escrever para vocês... como pode? É tão bom dividir os ensinamentos que Nosso Senhor deixou para nós gratuitamente e que muitas das vezes, se quer percebemos!

 Nessas “minhas andanças” conheci uma árvore apelidada de “Quaresmeira” (que fofo!) que floresce no período da Quaresma e as flores são roxas!!! Oi??? Como assim?!

Vai parecer uma aula de botânica, mas não é gente! Fiquei muito encantada com essa informação e até agora estou pensando nela!

A Quaresmeira tem o nome científico Tibouchina granulosa, é uma árvore natural da Mata Atlântica, muito admirada por tamanha beleza. Florescem geralmente duas vezes ao ano (junho-agosto e dezembro-março), sendo nesta última época a mais abundante.

Ah, existem também Quaresmeiras rosas!

O nome popular Quaresmeira advém do florescimento no período da Quaresma.

Vamos combinar né: Nem só de oração, penitência e jejum vive o homem! Existem tantas coisas bonitas que iluminam nossos olhares neste Tempo. Analogicamente podemos utilizar a natureza como exemplo de oração, ou seja, podemos tornar a nossa fé uma terra fértil para a semente da palavra de Deus!

A palavra Quaresma tão logo não saia mais da minha cabeça e a curiosidade, mais uma vez me chamou a pesquisa. Podem me chamar que Fiel Curiosa! Mas olhem que legal eu descobri!!!

A saber:
Tudo começou com a seguinte frase em latim: “Quadragesima die Christus pro nobis tradétus”, que quer dizer: “Daqui a quarenta dias Cristo será entregue por nós”.

Logo, a palavra Quaresma nada mais é que a abreviação de quadragésima (obs.: em latim a palavra “dia”é feminina, logo, quadragésima).

Bem, mas por que quarenta dias? Esse tal número quarenta está em todas!

Observa-se que desde a antiguidade os povos atribuíam ao número 40 para um tempo de intensa preparação à acontecimentos na História da Salvação.

A Sagrada Escritura apresenta diversas passagens bem expressivas como:

ü  Gn 6-9 O dilúvio que teve duração de 40 dias e 40 noites e foi a preparação para uma nova humanidade - Noé;
ü  Ex 16:35 O povo hebreu caminhou pelo deserto ruma a terra prometida por 40 anos;
ü  Jn 3-4 Os habitantes da cidade de Nínive fizeram penitência de 40 dias antes de receber o perdão de Deus;
ü  1Reis 19:8 O profeta Elias também caminhou por 40 dias e 40 noites para chegar à montanha de Deus;
ü  Lc 4:1.2 e Ex 34:28 Onde Jesus e Moisés também jejuaram por 40 dias e 40 noites.

Pode-se tirar desses exemplos, tão marcantes, a definição de Quaresma para designar o período de 40 dias de preparação para a Páscoa Cristã.

Fiéis, diante de tudo que li, gostaria de dizer a vocês que possamos perceber que a Quaresma é celebrada para que nossas memórias, milênios após milênios, sejam refrescadas sobre a presença de Deus. Que saibamos reconhecer a Sua a caminhada, nas lutas e nos sofrimentos da vida do seu povo.
  
Este, é um tempo de forte conversão e de mudança interior, tempo de deixar tudo que é velho em nós e assumir tudo o que traz vida para a gente.

Saibamos observar a natureza como fonte de inspiração e aprender com as Quaresmeiras o tempo de preparação e florescimento.

Tudo que é de Deus há beleza e ensinamento! 

Danielle Soares, 
Matriz de Santa Rita de Cássia, 
Centro, Rio de Janeiro.

TOTUS TUUS MARIAE!

Você sabia...Que a preparação para o tempo da Quaresma já foram de apenas três dias?
Sim, Sabia! Esse período de três dias representava o que chamamos hoje de Tríduo Sagrado da Semana Santa – Quinta-feira, sexta-feira e sábado Santos.
A primeira alusão aos quarenta dias de preparação da Quaresma foi no Concílio Ecumênico de Nicéia em 19 de junho de 325, convocado pelo Imperador Constantino.
Isto aconteceu porque os cristãos perceberam que três dias eram insuficientes para que se pudesse preparar de maneira adequada, tamanha a importância desse período. 


Leitura Recomendada:
Gn 6-9
Ex 16:35
Ex 34:28
Jn 3-4
1Reis 19:8
Lc 4:1.2

Fontes:
Bíblia Sagrada Edição de Estudos; Tradução dos originais grego, hebraico e aramaico mediante a versão dos Monges Beneditinos de Maredsous; 5ª Ed.; São Paulo: Ave-Maria, 2015;
Aquino, Felipe Rinaldo Queiroz de, História da Igreja-Idade Antiga; 2ªEd; Lorena: Cléofas, 2016;
w2.vatican.va;
http://www.ibflorestas.org.br/blog/arvores-quaresmeiras-rosa-e-roxa/

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